Rollo May, um dos maiores psicanalistas da atualidade, escreveu este livro no intuito de ajudar as pessoas a encontrarem-se a si mesmas. Mostra os caminhos que podemos trilhar para fazer frente à insegurança de nossa época e encontrar uma fonte de energia dentro nós mesmos. O autor escreve com rara sensibilidade, acuidade e simplicidade. Erich Fromm dizia deste livro: Considero esta obra profunda como sendo de grande utilidade para todos os estudantes da natureza humana e para todas as pessoas que se interessam seriamente pelos problemas de sua própria vida. O livro é, neste sentido, popular. Aventurar-se causa ansiedade, mas deixar de arriscar-se é perder a si mesmo E aventurar-se no sentido mais elevado é precisamente tomar consciência de si próprio. Kalil Fagundes. Paula Fernanda.
Em , aos 16 anos, quando chegou a Estocolmo, vinda da sua Etiópia natal, Suad Mohamed ficou fascinada ao ver grupos de punks nas ruas. Compreensível, portanto, que a voz doce se arrastasse, o sorriso perdesse luminosidade e os formosos olhos — característicos das mulheres etíopes — ornados por um eyeliner negro, denunciassem fadiga. Quando se fala da Suécia, Suad parece esquecer o cansaço. Eu gosto desta liberdade individual. Da capacidade que cada uma tem de fazer as suas escolhas pessoais, de tomar as suas próprias decisões.
Eram três horas da tarde. Com a companheira pelo braço, preparava-se para o momento de embarcar. Tinham chegado juntos, ficaram juntos todo o tempo e juntos iam embarcar. Passava gente por todos os lados.